Arquitetura contra o crime – 3 estratégias básicas

Segurança Urbana

Arquitetura contra o crime – 3 estratégias básicas

O que é arquitetura contra o crime?

É uma forma muito eficiente de evitar delitos por meio de alterações na arquitetura ambiental para tornar os espaços humanos mais seguros.

Quem não previne o crime colabora com ele!

Observar alguns detalhes no momento de planejar intervenções no espaço urbano pode diminuir a probabilidade de ocorrência de delitos e aumentar a sensação de segurança das pessoas.

A arquitetura contra o crime baseia-se em três estratégias básicas:

Vigilância natural

Este conceito parte da simples ideia de limitar a ação do delinquente, pela sensação de que está sob vigilância. É o famoso conceito “ver e ser visto”, posto que todo o criminoso, durante o processo de elaboração mental que antecede o ato delitivo, se pergunta: – Estou sendo observado? O risco de a resposta ser “sim”, ainda que por pessoas que num primeiro momento não pudessem fazer frente aos recursos de que dispõe para a conclusão de seu intento, na maioria das vezes inibe esta atitude, o que pode mudar grandemente o desfecho de tal situação, mormente em benefício de uma potencial vítima. Assim o grande objetivo da vigilância natural é promover a melhor visibilidade dos ambientes, facilitando a observação, ainda que por simples pessoas do povoImagem relacionada que passam pelo local.

A vigilância natural é tradicionalmente classificada como:

a)Organizada (Ex: policiais em patrulhamento);

b)Mecânica (Ex: iluminação, câmeras);

c)Natural (Ex: Janelas, portas de vidro);

AMARO (2006), salienta que em geral as pessoas sentem-se muito mais seguras sabendo que existem outras pessoas que as observam, mesmo que tal observação não seja feita por policiais, de modo que sua presença seja registrada e tendo a noção de que estão sendo vistas.

Para comerciantes: Quanto maior a visibilidade do local, maior a segurança. Locais com visibilidade obstruída por acúmulo de mercadoria ou de propaganda, falta de iluminação, entre outros, facilitam a ação do delinquente.

Reforço territorial

O reforço territorial, ou territorialidade, significa que cada pessoa deve abranger as áreas próximas ao seu domicílio ou residência, cuidando, vigiando, coibindo atitudes anti-sociais ao seu alcance, ou acionando a polícia para fazê-lo, quando se sentir insegura pelo nível de agressividade dos invasores. O que não pode ocorrer é o abandono desta área, posto que isto significa não apenas perda desta área, mais um risco maior de invasão na sua própria residência no futuro.

O comerciante deve considerar o espaço ao entorno de seu estabelecimento comercial como seu território, colaborando na sua manutenção, cobrando as medidas cabíveis dos órgãos responsáveis (substituição de lâmpadas queimadas, pavimentação, recolhimento de lixo, etc.). Delinquentes preferem lugares com aspecto de abandono para atuar.

Controle natural de acesso

 O Controle de acesso é dirigido primariamente para reduzir a oportunidade de ocorrência do delito. Seu objetivo primário é impedir o acesso para o objetivo do delinquente, por criar a sensação de risco para a atuação dele. As estratégias de controle de acesso são tradicionalmente classificadas como:

a)Organizadas (Ex: guardas, porteiros, vigilantes);

b)Mecânicas (Ex: trancas, correntes, fechaduras);

c)Naturais (Ex: definição do espaço);

Controlar corretamente a entrada e saída de clientes é uma das formas mais eficientes de promover a segurança no estabelecimento.


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