Plantas como aliadas na proteção de casas e condomínios

Segurança Urbana

Plantas como aliadas na proteção de casas e condomínios

Quando bem projetado e mantido, o jardim pode ser um aliado importante para a garantia de um imóvel seguro.

Em compensação quando mal cuidada e concebida sem critérios, a área verde pode se transformar em fonte de perigos ao criar esconderijos ou mesmo facilitar a entrada de intrusos no imóvel. Não é de hoje que espécies espinhentas como o sansão do campo (Mimosa caesalpineafolia) e, principalmente, a coroa de cristo (Euphorbia milli) são utilizadas em cercas-vivas, barreiras de acesso ou na delimitação de áreas. Mas, nos últimos anos, a ideia de que as plantas demandam muita manutenção e não oferecem proteção o bastante ganhou força. O resultado: árvores e arbustos vem sendo substituídos por muros altos, cercas eletrificadas e câmeras de TV.

Porém, tecnologia e jardinagem podem ser aliadas na missão de proteger casas e condomínios, sem comprometer a estética ou a segurança. Para tanto, segundo Chen Gilad, diretor executivo da Haganá, é fundamental escolher as espécies e plantas certas e cultivá-las com cuidados, sem abrir mão de podas e outras medidas de conservação. O local de implantação, bem como o porte do vegetal, precisam ser cuidadosamente avaliados para evitar que galhos e folhagens interfiram nas ferramentas tecnológicas de segurança. “Deve-se tomar o cuidado de não plantar espécies que atrapalhem a ação de sensores instalados sobre os muros (infravermelho e cerca elétrica, por exemplo), bem como comprometer a visualização das câmeras”, explica Chen Gilad.

Menos é mais, mas com espinhos

Na prática, a dica de arquitetos e paisagistas para salvaguardar a casa é buscar um jardim de aparência clean, com vegetação de tipo e tamanho sob medida e mantida em pontos estratégicos, sem exageros. De acordo com o arquiteto Aquiles Kílaris, uma medida eficaz é utilizar plantas que não formem touceiras muito grandes, arbustos de pequeno porte e árvores que não possam ser usadas como escadas para pular muros. “Por este motivo, em nossos projetos, preferimos cicas (Cycas revoluta), buxinhos (Buxus sempervirens) e palmeiras”, afirma o arquiteto.

Para restringir o acesso, a escolha mais comum é pelas cercas-vivas compostas por espécies arbustivas com espinhos. Esse é o caso da conhecida coroa de cristo, do pingo de ouro e do berbere japonês. “Esse tipo de vegetação ajuda a impedir a aproximação ou invasão do imóvel, além de inibir que crianças cheguem perto de muros e se debrucem sobre eles, facilitando as quedas”, comenta a paisagista Marisa Lima.

Além das questões de segurança, a definição da melhor espécie a ser cultivada no jardim vai depender da análise das condições locais (clima, insolação, terreno), de fatores estéticos e, não menos importante, da manutenção exigida. Para áreas onde a poda frequente é dificultada, o recomendável é dar preferência às espécies como o berbere japonês (Berberis thunbergii), que têm crescimento lento, em detrimento daquelas que crescem rápido e que, por isso, exigem manutenção mais regular, como a pingo de ouro (Duranta repens áurea).

A paisagista Ivani Kubo esclarece que para casas ou condomínios uma solução interessante é apostar nas espécies mais agressivas, com espinhos, nas laterais do terreno. Já nas entradas, o melhor é optar por plantas ornamentais de baixa estatura (com no máximo 1 metro) e que não tenham folhagem muito fechada, como as florais azaleia (Rhododendron simsii) e jasmim do cabo (Gardenia jasminoides).

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